Foi
inaugurada na manhã da última segunda-feira, 5, a primeira etapa da usina
solar flutuante instalada no Reservatório de Sobradinho, na Bahia. Participaram
da inauguração o presidente Jair Bolsonaro, o ministro de Minas e Energia,
Bento Costa Lima Silva, e o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior.
De
acordo com a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), a plataforma
solar flutuante tem uma potência de geração de 1MWp (Mega Watt pico), e até
2020 deverá ter, ao todo, 2,5 MWP.
O
valor do investimento nas duas plantas solares da plataforma totaliza R$ 56
milhões. Este é o maior projeto de pesquisa e desenvolvimento desse tipo de
energia flutuante no país, em reservatório de hidrelétrica.
Com
3.792 módulos de placas solares e área total de 11 mil m², o projeto instalado
no Reservatório de Sobradinho (BA) é fixado ao fundo do lago por cabos, com
material próprio para suportar o peso das placas e dos trabalhadores que atuam
na construção e manutenção.
De
acordo com a Chesf, esse é primeiro estudo sobre a instalação de usina solar
flutuante em lagos de hidrelétricas, que aproveita a água dos reservatórios e
evita desapropriação de terras. Além disso, esse tipo de usina permite
aproveitar as mesmas subestações e linhas de transmissão que escoam a energia
produzida pela hidrelétrica.
Em
discurso, durante a cerimônia de inauguração, o presidente Jair Bolsonaro,
falou da importância da geração de energia para o crescimento econômico do
país.
“Quando
montamos o ministério, até o Paulo Guedes falou em crescer 3% daqui a dois ou
três anos. É consenso. Ele sabia, o governo sabia, que nós temos energia para
tal. Sem energia não temos como crescer. Então, essa nova forma de buscar
energia com placas fotovoltaicas em cima de um lago, como esse aqui, é
bem-vinda ao Brasil", afirmou.
"E
as informações que tive do pessoal da Chesf é que se nós formos utilizar o
máximo do potencial do espelho d’água de um lago em Sobradinho, nós podemos
gerar 60 vezes mais energia do que as próprias turbinas geram aqui. Vai para o
lago Itaipu, sei que é dividido com o Paraguai, mas vai para Itaipu e as demais
hidrelétricas, além de nós estarmos colaborando com a não evaporação da água no
local. Então isso aqui é bem-vindo", acrescentou.
O
projeto tem o objetivo de comparar a eficiência de projetos solares implantados
em terra e em água.
Além
disso, a pesquisa analisará o grau de eficiência da interação de uma usina
solar em conjunto com a operação de usinas hidrelétricas. O foco será em
fatores como a radiação solar que incide no local, produção e transporte de
energia, instalação e fixação no fundo dos reservatórios, a complementariedade
da energia gerada e o escoamento desta energia
Os
resultados dos projetos vão permitir avaliar a eficácia da produção média de
energia solar nesses locais.
A
região Nordeste apresenta altos índices solarimétricos (intensidade da radiação
solar) e, por isso, é considerada área com grande potencial para aproveitamento
de geração solar.
Os
estudos ambientais também serão contemplados na pesquisa, focando o efeito da
planta fotovoltaica sobre a água do rio, além dos impactos na biota aquática.
Fonte:
G1 Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário