quinta-feira, 20 de setembro de 2018

SÃO JOSÉ DO JACUÍPE: MOTORISTA DA PREFEITURA RECEBE ADVERTÊNCIA AO SE RECUSAR CONDUZIR PACIENTE A UPA POR FALTA DE COMBUSTÍVEL


O servidor público de São José do Jacuípe, Suzaney Rios Oliveira, o popular Ney Rios, com mais de 10 anos de concurso, na qualidade de motorista de ambulância, pediu espaço no Jornal Transamérica 1ª edição dessa sexta-feira, 14 de setembro, para falar sobre a advertência que recebeu do prefeito Erismar de Amadinho, PV, e do Secretário da Saúde, Gil, pelo fato do mesmo ter se recusado a conduzir uma senhora para a UPA 24h, no dia 31 de agosto, logo depois que assumiu o plantão às 19h.

“Ao assumir o plantão fui verificar o carro que estava à disposição para a realização de qualquer viagem e pude verificar que o banco o encosto estava com problema. Ao verificar o combustível percebi que o carro estava no vermelho ou seja na reserva. Tempos depois chegou uma jovem pedindo para levar a sua mãe na UPA 24h, em Capim Grosso, foi quando disse que não levaria porque o carro não tinha gasolina suficiente. Tempos depois o prefeito chegou à unidade de saúde, por conta da reclamação feita pela jovem e pediu a chave do carro para verificar a situação da gasolina, gerando assim um mal-estar porque ele disse algumas coisas e eu também disse a ele, mas nada que viesse despeitá-lo, mais tarde chegou a ordem para abastecer o carro, ordem essa que passa pelas mãos de uma funcionária. O motorista de ambulância pode abastecer a ambulância a hora que for preciso, mas se for outro veículo só com a ordem dessa funcionaria. Ao voltar do posto de combustíveis fui até a casa da senhora, mas a jovem informou que já tinha conseguido um carro, voltei para o meu plantão, por sinal tranquilo naquela noite, para dias depois receber das mãos do diretor de transportes, essas duas advertências, uma do prefeito e outra do secretário da saúde. Eu tenho mais de 10 anos de trabalho, nunca cheguei atrasado, nunca fiz nada de errado, nunca deixe de prestar socorro a ninguém. Eu não fui socorrer a senhora porque o carro estava na reserva. A culpa é minha ou deles?”, explicou o servidor que pediu desculpas à sociedade, mas consciente de que não errou, já que ao chegar para o seu plantão encontrou o carro na reserva.

No ofício expedido pelo secretário Gil, consta que o carro deveria estar com 3 a 4 litros de gasolina, comprovando que realmente o carro estava na reserva. Um ouvinte ligou para o programa e disse que mesmo não conhecendo o motorista entendia muito bem que o problema não foi ele que causou e sim a gestão que deveria ter disponibilizado o carro com o tanque cheio.

O programa disponibilizou espaço para o prefeito, secretário da saúde ou qualquer outro membro da gestão que queira se manifestar para mais esclarecimentos sobre o caso.



Fonte: Repórter Bahia. Texto e foto: Arnaldo Silva, DRT – 2805/BA.

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