Os adolescentes da Bahia
estão se alimentando mal. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e
Nutricional (SISVAN), apontaram que, em 2017, 48% dos adolescentes baianos
acompanhados pela atenção básica do Sistema Único de Saúde
(SUS) consumiram produtos industrializados regularmente, como macarrão
instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado.
Além
disso, 32% desses jovens ingeriram hambúrguer e/ou embutidos; e 42% biscoitos
recheados, doces ou guloseimas. Os números foram apresentados na
última terça-feira (16/10), em alusão ao Dia Mundial da Alimentação, e vem
como um alerta para a má alimentação por esta parcela da população.
Para o
coordenador-substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde,
Eduardo Nilson, os jovens precisam se atentar mais à alimentação adequada.
“Dados
revelam que adolescentes com obesidade aos 19 anos têm 89% de chance de ser
obeso aos 35 anos, por isso é necessário investir na promoção de uma
alimentação adequada e saudável, especialmente na infância e na adolescência,
tendo em vista a relação de práticas alimentares inadequadas com o aumento da
obesidade na população.”
O
primeiro grupo de alimento, por exemplo, é consumido por 47% delas, enquanto os
adolescentes representam 55%. O consumo de alimentos do segundo grupo de
alimentos é de 33% dos jovens do sexo masculino e 35% do feminino. Já os
recheados, são preferência de 54% deles e 45% delas.
O
balanço de acompanhamento trouxe também dados por região, que mostram que
51% dos adolescentes do Nordeste consumiram produtos industrializados, como
macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado; 38% consumiram
hambúrguer e/ou embutidos e 46% biscoitos recheados, doces ou guloseimas.
A
região Norte apresenta o menor percentual. Já o Sul do país é o que apresenta a
maior quantidade de jovens consumindo hambúrguer e/ou embutidos; macarrão
instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado, com 54% e 59% respectivamente.
Quando o assunto são biscoitos recheados ou guloseimas, a região Sul, também
está na frente (46%), mas empatada com os jovens nordestinos (46%).
Os
maus hábitos à mesa têm refletido na saúde e no excesso de peso dos
adolescentes, no Brasil. Números da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
(PENSE) trouxeram que 7,8% dos adolescentes das escolas entre 13 e 17 anos
estão obesos, sendo maior entre os meninos (8,3%) do que nas meninas (7,3%). O
Sisvan revela que 8,2% dos adolescentes (10 a 19 anos) atendidos na Atenção
Básica em 2017 são obesos.
Para
apoiar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, o Ministério da Saúde
publicou em 2014 o Guia Alimentar para a População Brasileira que traz as
diretrizes nacionais e as recomendações sobre alimentação adequada e saudável.
Dentre
elas, a regra de ouro que facilita a aplicação das recomendações – “Prefira
sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias
a alimentos ultra processados”.
Fonte: Correio 24h.
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